Reunião de Electrofisiologia 2023
No dia 25 de Novembro de 2023 no “Hotel Lago Montargil” teve lugar a Reunião de Electrofisiologia de 2023, organização conjunta da APAPE e IPRC; o programa foi elaborado por uma Comissão integrando elementos das duas Direcções, tendo o secretariado e grande parte da logística sido centralizados pelo IPRC, com o apoio da empresa de eventos Xarm.
A reunião teve 56 inscrições, representando a quase totalidade dos centros nacionais de electrofisiologia, com o habitual apoio das seis principais firmas da indústria de dispositivos médicos e materiais de electrofisiologia, os quais se fizeram representar por membros dos seus corpos gerentes e/ou elementos dos respectivos staffs.
A reunião teve a particularidade de, pela primeira vez neste tipo de eventos, ter sido incluído no programa a realização se Simpósios da Indústria – neste caso uma sessão patrocinada pela Abbott EP designada por “Desafiando os limites do mapeamento cardíaco 3D” proferida pelo Dr. Francisco Costa e outra pela Johnson&Johnson designada por “My next step in the treatment: full integrated solution” proferida pelo Dr. Mattias Duytschaever (Bélgica).
O programa científico abordou diversos temas importantes da electrofisiologia actual sobretudo no campo das ablação e mapeamento, particularmente da fibrilhação auricular e taquicardia ventricular.
Assim, da parte da manhã tiveram lugar duas Mesas-redondas, a primeira sobre “Ablações desafiantes” focando-se situações complexas no tratamento de vias acessórias e de taquicardias ventriculares com origem em determinadas localizações; a segunda mesa centrou-se na fibrilhação auricular particularmente no futuro das técnicas de ablação térmica, perante a introdução da eletroporação, focando-se ainda na importância do mapeamento de alta densidade.
A manhã terminou com uma conferência proferida pela Prof.ª Leonor Parreira sobre as novas técnicas não invasivas de mapeamento em doentes com extra-sistolia ventricular.
A tarde foi preenchida por uma terceira Mesa-redonda sobre a ablação da taquicardia ventricular, particularmente a importância das novas técnicas de mapeamento, o papel actual da imagiologia e a situação particular da ablação em doentes graves, necessitando de suporte hemodinâmico.
A reunião terminou com uma segunda conferência, proferida pelo Prof. Mário Oliveira, sobre a importância do sistema nervoso autónomo nas arritmias cardíacas e suas implicações no respectivo tratamento.