Reunião de Electrofisiologia 2021
No dia 20 de Novembro de 2021 no “Vintage House Hotel” em Pinhão (Douro), teve lugar a Reunião de Electrofisiologia de 2021, organização conjunta da APAPE e IPRC; o programa foi elaborado por um comissão integrando elementos das duas Direcções, tendo o secretariado e grande parte da logística sido centralizados pelo IPRC, com o apoio da empresa de eventos Xarm.
A reunião teve 55 inscrições, representando a quase totalidade dos centros nacionais de electrofisiologia, com o habitual apoio das seis principais firmas da Indústria de dispositivos médicos e materiais de electrofisiologia, os quais se fizeram representar por membros dos seus corpos gerentes e/ou elementos dos respectivos staffs.
O programa científico foi politemático, abordando temas variados, destacando-se a ablação de arritmias ventriculares ou auriculares, os dispositivos implantáveis, assim como uma abordagem da prevenção das complicações relacionadas com as técnicas electrofisiológicas de diagnóstico e tratamento.
Da parte da manhã tiveram lugar duas Mesas-redondas, ambas sobre o tema “Como faço a ablação” em que elementos dos diferentes Centros de Electrofisiologia expunham o modo como no seu hospital era abordadas as técnicas ablativas num determinado tipo de arritmias cardíacas; foram deste modo percorridos os tratamentos utilizados na prática clínica concreta nas mais importantes perturbações do ritmo auricular e ventricular, em ambos os casos discutidos pormenorizadamente com um painel de discussão estendendo-se nalguns temas a
elementos do público em geral. A manhã foi culminada com uma importante conferência proferida pelo Dr. João de Sousa, do Hospital de Santa Maria, que traçou uma panorâmica sobre a evolução, situação actual e previsões para o futuro da Electrofisiologia em Portugal.
A tarde foi preenchida por outra Mesa-redonda, dedicada, como atrás referimos, ao modo de reduzir a possibilidade de complicações nas técnicas utilizadas em Electrofisiologia (desde a utilização de novas técnicas na punção vascular até ao papel da Imagiologia na redução dos riscos associados a essas técnicas ou a possibilidade de mapeamento não invasivo através da utilização de métodos electrocardiográficos com múltiplos eléctrodos colocados á superfície do tórax). A reunião terminou com uma nova conferência, proferida pelo Prof. Filipe de Macedo, Cardiologista do Hospital de São João e Coordenador do Programa Nacional para as
Doenças Cerebrovasculares da Direcção-geral de Saúde que focou a situação nacional nos diversos aspectos do âmbito destas doenças, as dificuldades que encontradas na implementação de medidas para melhorar a situação e em especial o papel limitado que a Arritmologia tem ocupado dentro das doenças abrangidas por esse programa.