O que somos
Criado em Março de 2005, o IPRC é uma organização médica que pretende congregar os arritmologistas portugueses, em estreita colaboração com a Associação Portuguesa de Arritmologia, Pacing e Electrofisiologia (APAPE) da Sociedade Portuguesa, de Cardiologia (SPC). Tendo finalidades distintas mas complementares desta última, está mais vocacionado para áreas como a epidemiologia das doenças arrítmicas, avaliação das práticas clínicas dos centos nacionais, formação médica e colaboração com estruturas do poder local, tendo-se concentrado por outro lado nos aspectos logísticos da organização de reuniões e cursos científicos.
O IPRC, dispondo de uma sede devidamente apetrechada nomeadamente do ponto de vista informático, tem condições para poder liderar projectos de investigação em arritmologia, implementando parcerias neste sentido com a APAPE, Grupos de Estudo da SPC e pontualmente organizações dos Clínicos Gerais. Pretende assim lançar e centralizar estudos epidemiológicos, recorrendo a uma plataforma informática para recolha via Internet e armazenamento dos dados referentes a patologias arritmológicas ou à actividade nacional no campo da electrofisiologia e pacing cardíaco. Visa assim uma colaboração estreita com a APAPE a qual centraliza a recolha e publicação anual de dados referentes aos registos anuais de electrofisiologia, pacing, desfibrilhadores implantáveis e sistemas de ressincronização cardíaca.
O IPRC tem dado apoio ainda a nível da documentação científica, disponibilizando os seus meios para dar resposta a pedidos dos seus sócios e outros cardiologistas no âmbito da recolha de artigos científicos dentro da sua área.
Outro aspecto em que a Direcção do IPRC se tem empenhado é o da formação, tendo nas suas instalações um pequeno auditório devidamente apetrechado onde já foram organizados cursos, exposições ou simpósios dirigidos a médicos, alunos de medicina, técnicos de cardiopneumologia ou enfermeiros que trabalham nessa área. Foram assim organizadas reuniões sobre dispositivos cardíacos ou temas como a fibrilhação auricular ou a introdução à electrocardiografia ou, em colaboração com a Indústria de Dispositivos Cardíacos e material de Electrofisiologia, para apresentação de novos produtos para bradi e taquiarritmias, incluindo ressincronização cardíaca.
No aspecto de promoção e organização de reuniões científicas o IPRC tem desenvolvido uma larga actividade, apoiando com a sua estrutura a APAPE, centralizado os aspectos logísticos e a divulgação de reuniões parcelares de pacing cardíaco e de electrofisiologia, assim como das reuniões gerais de arritmologia de âmbito internacional, inicialmente bienais, passando desde 2007 a ser organizadas anualmente (“Lisbon Arrhythmia Meeting” mais tarde denominada “Arritmias”, seguida do ano da sua realização).
O IPRC tem disponibilizado ainda assessoria clínica e técnica nas suas áreas de interesse, nomeadamente a internos da especialidade, médicos de clínica geral e também pontualmente a doentes em geral respondendo às suas questões através do correio electrónico.
Tendo o IPRC como objectivos a realização e desenvolvimento de actividades de carácter científico e tecnológico, educativo, social e cultural nos domínios do ritmo cardíaco, electrofisiologia e pacing cardíacos ou com elas relacionados, a Direcção do IPRC ponderou que as suas funções poderiam estar integradas dentro dos princípios das “instituições particulares de solidariedade social” (IPSS).
As IPSS são entidades constituídas por iniciativa de particulares, sem finalidade lucrativa, com o propósito de dar expressão organizada ao dever de solidariedade entre os indivíduos, que não sejam administradas pelo Estado ou por um corpo autárquico, para prosseguir, objectivos referentes a domínios diversos, que, no caso do IPRC, na sua qualidade de associação científica e técnica integram a área da promoção e protecção da saúde.
Durante o ano de 2017 foram iniciadas diligências junto da Segurança Social no sentido de um pedido de registo como IPSS. O processo foi complexos e demorado, exigindo uma reformulação profunda dos Estatutos. Só em Agosto de 2010 o pedido foi contemplado, tendo o IPRC passado a ser uma IPSS, com todas as obrigações e benefícios inerentes.
Em 2022, tendo em conta a localização da nova sede do IPRC, a Direcção do IPRC entrou em contacto com a Câmara de Cascais, colocando-o a par das características e finalidades da instituição e propondo que fosse estudada uma forma de colaboração que pudesse beneficiar a população do Concelho. Tendo o município já implementado um programa, designado por “Vida Cascais”, que visava promover e facilitar aos munícipes o acesso a serviços locais de saúde e de solidariedade social, as duas entidades decidiram estabelecer uma pareceria, tendo já assinado o repectivo protocolo de colaboração.